Liberdade de Informação: e o direito que os cidadãos têm de ser informado de tudo que se relaciona com a vida do Estado, e que, por conseguinte é de seu peculiar interesse. Esse direito de informação faz parte da essência da democracia. Integra-o a liberdade de imprensa e o direito de ser informado. Artigo 5º inciso XXXIII, da Constituição Federal. Prof. Franscisco Bruno Neto.

29 de junho de 2011

Acorda Brasil! Brasil tem os preços de automóveis mais caros do mundo

Veja em texto e  imagens, um comparativo entre os preços de automóveis praticados no Brasil e em outros países, por exemplo:

Volkswagen Gol I-Motion: Fabricado no Brasil, hatch automatizado custa R$ 46 mil por aqui; no Chile, sai por apenas R$ 29 mil;

Volkswagen Jetta: Importado do México, sedã é vendido no Brasil com preço inicial de R$ 65.700; na origem, carro custa o equivalente a R$ 32.500  

Me senti o maior otário do mundo.

Veja aqui: http://carros.uol.com.br/album/lucro_brasil_album_album.jhtm#fotoNav=1

Pr. Jonas Silva: UM GAY PODE CHUTAR A SANTA?

Algumas coisas nunca saem de minha cabeça, e uma delas aconteceu no dia 13 de Outubro de 1995, me lembro bem, ao chegar da faculdade, cansado como sempre, liguei a televisão na TV Globo, mais especificamente no Jornal Nacional e me deparei com a notícia anunciada por Cid Moreira,que um Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), no dia anterior, 12 de Outubro, dia de Aparecida considerada pelos católicos a "padroeira do Brasil" em um programa da Rede Record, havia chutado a imagem da dita santa.


Diante do inusitado fato....
 
Leia mais: Caminhando em Santidade Blog do Pr. Jonas Silva: UM GAY PODE CHUTAR A SANTA?

O destino longe da utopia. Uma resposta a Tarso Genro

O destino longe da utopia .Notícias - Destaques .Escrito pelo vice-presidente da AJURIS, Pio Giovani Dresch, o texto abaixo é uma resposta às críticas disparadas pelo governador Tarso Genro em Destino e utopia, artigo publicado por ZH no dia 26 de junho de 2011.

* * *
O destino longe da utopia.

Governador Tarso Genro, li seu artigo na Zero Hora deste domingo. Como vice-presidente da AJURIS, entidade que certamente o senhor inclui no rol das organizações sindicais do funcionalismo altamente remunerado, permito-me algumas considerações.

Destino e utopia. O título remete às melhores reflexões de Norberto Bobbio, e iniciei a leitura esperando teses agudas e inovadoras sobre Estado e democracia. No entanto, deparei-me com ideias reducionistas sobre matéria complexa, que é a Previdência.

O senhor manuseou, desde o início, uma petição de princípio, própria de quem vê lhe faltarem argumentos: quem apoia sua proposta está imbuído do melhor espírito público; quem a ela resiste defende interesses menores, particulares.

Já ao discursar no Conselhão, o senhor falou em duas legitimidades: uma menor, corporativa, de quem se opõe ao seu pacote; outra maior, pública, que pede sua aprovação. Ao adjetivá-las, disse menor, corporativa, a de quem resiste, e assim lhe destinou lugar no lado escuro da força.

Agora, mesmo dizendo tratar-se de prerrogativa democrática, o senhor condena a aliança entre o corporativismo formalmente “esquerdista” e o funcionalismo altamente remunerado, supostamente de direita, que contamina e manipula os setores mais puros, assim tornados direitistas, na essência.

Nessa esconjuração, não hesita em produzir uma falácia matemática: diz que, como as alíquotas são hoje iguais, quem recebe pouco subsidia as altas aposentadorias. De onde, Governador, o senhor tira essa conta? Cabe esclarecer: alíquota igual não é contribuição igual: 11% de 1.000 é 110 e 11% de 10.000 é 1.100. Não lhe parece elementar?

Seguindo seu libelo, e já condenada a união do corporativismo dos pobres com o corporativismo dos ricos, o senhor exorciza o sistema de alianças com apoio especialmente em partidos que estiveram no centro de todas as reformas privatizantes e “liberais”.

Ora, Governador, o senhor bem sabe que as alianças são as possíveis, e a oposição ao pacote decorre das avaliações feitas por cada um dos atores que resistem. Comum a todos, a convicção da irremediável inconstitucionalidade de sua proposta.

Por outro lado, parece-me que mesmo o senhor encontra dificuldades na aliança que formou. Na última semana surgiram boatos preocupantes sobre o custo de cada voto que o senhor pretende ter na Assembleia Legislativa. Pelo que a imprensa publicou, a manutenção da maioria custa ao Estado, por deputado, R$ 80.000,00 em cargos. Afirma-se também que sua indicação de um conselheiro para o TCE ocorrerá somente depois da votação, como modo de manter reféns os aliados renitentes. Nada indica, assim, seja mais virtuosa a aliança que o senhor construiu para obter maioria no parlamento, sem se preocupar em obtê-la na sociedade.

E é aí que se escancara o desapreço à utopia: faltou concertação. Meu Houaiss, antigo, de 2001, não traz esse verbete, e o corretor do Word insiste em me advertir de que escrevo uma palavra que não existe, mas trata-se de um neologismo elegante, apropriado a projetos inclusivos formulados sob grifes que identificam uma esquerda moderna, arejada.

Pois é isso, Governador, concertação tem a ver com utopia. O senhor o sabe bem, porque chamou de Carta de Concertação o documento que baliza as atividades do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Lembro que, quando o senhor convidou a AJURIS a lhe indicar um nome para compor o Conselhão e, preocupado com nossa reação às suas precoces declarações sobre a previdência, disse que aquele seria um importante órgão de consulta, no qual faríamos essa discussão.

Quero lhe dizer que acreditei em suas palavras, e, contra os mais céticos, que argumentavam tratar-se de um aparelho que o senhor utilizaria como fachada para legitimar as suas políticas, defendi na AJURIS que indicássemos um nome.

Pois essa concertação, senhor Governador, que poderia bem identificar um novo modo de governar, um caminho para buscar sínteses onde há contradições, a busca coletiva de soluções melhores que seu açodado pacote, foi convenientemente arquivada; enquanto o senhor insiste em patrolar a Assembleia Legislativa, o Conselhão dorme em berço esplêndido.

Disse certa vez um filho desviado do marxismo que o caminho é tudo, o fim é nada. Trata-se de conceito oposto àquele outro, os fins justificam os meios, que o senhor bem sabe no que deu.

Prefiro pensar que o bom caminho pode levar ao bom fim, e não consigo ver caminho melhor que a concertação. Antes que nos percamos, e nosso destino fique muito longe da utopia.

* por Pio Giovani Dresch, vice-presidente da AJURIS.

Fonte: http://www.ajuris.org.br/ajuris/index.php?option=com_content&view=article&id=1337:o-destino-longe-da-utopia&catid=54:destaques&Itemid=50

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Segue a íntegra do artigo do Governador Tarso Genro.

Artigo: Destino e utopia, por Tarso Genro, governador em exercício no Estado do Rio Grande do Sul.
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Destino e utopia

Qual o destino do Estado e quais as ideologias que se confrontam, no atual debate sobre as reformas? O debate vale a pena? Creio que sim, ele é educativo e retoma o diálogo sobre as funções públicas de Estado e o futuro imediato dos gaúchos.

Os funcionários que percebem altos salários no RS - e os conquistaram legitimamente - contribuem com a mesma alíquota dos demais servidores, de salários médios e pequenos, para o orçamento que mantém as suas remunerações intactas, quando passam para a "folha dos aposentados". Mesmo assim, levam para a inatividade os valores que muitas vezes passam de R$ 20 mil, para o resto das suas vidas. Não são incomuns aposentadorias precoces. Como as contribuições são as mesmas para todos, os que percebem pouco e contribuem com a mesma alíquota estão subsidiando as aposentadorias dos altos salários e as suas pensões. Esta é a essência do debate atual.

A aliança política que se formou, neste momento - do corporativismo formalmente "esquerdista" (direitista, na essência, por militar contra a sustentabilidade da previdência pública), com as organizações sindicais do funcionalismo altamente remunerado - embora seja uma prerrogativa democrática, não pode ficar encoberta pelo véu ideológico de que esta aliança representa uma posição popular e democrática, em "defesa da sociedade". Ela expressa, na verdade, a submissão da extrema esquerda política ao corporativismo economicista, que defende uma social-democracia sem fundos públicos, baseada no privilégio e calcada no prejuízo aos direitos da maioria. Uma social-democracia de privilégios sustentada por 82% dos servidores e pelos que não são funcionários públicos: aqueles que estão inscritos no regime geral da previdência e que pagam os impostos que, aqui no Brasil, como se sabe, são altamente regressivos.

Para isso não hesitam em transitar inverdades, com maior naturalidade: acusam que a formação de um Fundo Público é privatizante, esquecendo que esta reforma já foi feita na prefeitura de Porto Alegre, quando eu estava à frente do Executivo, com o apoio dos servidores e de todos os partidos, e que salvou o sistema previdenciário municipal público do caos e da má gestão; tentam iludir os servidores de salários mais modestos de que a reforma é contra eles, quando, na verdade, categorias que estão na base do sistema - como os professores e os servidores da segurança pública - é que não pagarão um tostão a mais e assim deixarão de subsidiar as altas aposentadorias.

Alguns chegam a dizer que o governo é "neoliberal", mas estabelecem, na Assembleia, um sistema de alianças que tem o apoio especialmente nos partidos que estiveram no centro (não na periferia) de todas as reformas privatizantes e "liberais" que o Estado sofreu desde a "era Britto" e que nos levou a esta situação crítica em termos financeiros, não enfrentada por falta de condições ou de coragem, por nenhum governo até agora; alegam "falta de diálogo", mas, na verdade, querem é impedir a votação das reformas, sem apresentar qualquer proposta alternativa, omitindo que esta discussão existe no Estado há mais de 20 anos.

A agenda do atual governo remete principalmente para o destino dos direitos conquistados pelos servidores - mantê-los com sustentabilidade - e para uma "utopia concreta", como diria Ernst Bloch. A utopia de viabilizar os direitos de todos "aqui e agora": para as próximas décadas. Sem assistir passivamente, como fizeram os socialistas gregos e portugueses, à decadência do Estado capturado por corporativismos subsidiados por toda a sociedade, pelos servidores de salários mais modestos, ou capturado pela tutela do capital financeiro, que transforma o Estado endividado - no momento em que a crise estoura - num ajoelhado devoto das receitas de cortar políticas sociais, salários, aposentadorias e investimentos. É isso que queremos evitar. Sem raiva e sem medo.

Tarso Genro
Governador do Estado

Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/direciona.php?key=Y2FwYT0xJmludD1ub3RpY2lhJm5vdGlkPTkzNDA0JnBhZz0wJmVkaQ==

23 de junho de 2011

O Supremo Tribunal de exceção petista

http://www.midiasemmascara.org/
Leonardo Bruno
22 Junho 2011
Artigos - Governo do PT


Basta ver quem está na lista dos ministros indicados pelo governo, para perceber que um escritório de advocacia do PT e o STF é a mesma coisa.

O senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, deu uma entrevista a Revista Veja, datada de 05 de junho de 2011, onde revela certa lucidez em alguns pontos de vista. Reconhece a carência da oposição, o viés autoritário do governo petista e a covardia dos partidos conservadores em se assumirem como tais, temerosos com a popularidade fabricada pelo governo Lula. No entanto, percebo nele uma deficiência de perspectiva. Aliás, é o mal dos políticos, mesmo os cheios de boas intenções. Demóstenes, como muitos políticos de oposição, carece de uma visão de conjunto da realidade política. Ainda que estivesse correto em relação às falhas da oposição e a tentativa de aparelhamento do Estado, ele ainda não percebe que as intenções do governo são muito mais ambiciosas do que mero aparelhamento do Estado, disputa de cargos públicos ou inchaço governamental.

Seria difícil convencer a um político experiente, acostumado aos bastidores do Congresso Nacional, de que há grupos políticos muito mais pretensiosos na modificação radical da sociedade civil e política. Muitas vezes os políticos, acostumados às visões práticas do cotidiano, não percebem que há projetos mirabolantes de poder que vão muito mais além de suas próprias ambições. Projetos que são elaborados bem além das assessorias ou sedes de partidos democráticos, através de grupos militantes de cunho radical e muitas vezes secreto. No silencioso laboratório dos engenheiros sociais e no lado oculto de grupos revolucionários e subversivos, formam-se as idéias de sujeição da sociedade civil e estabelecimento de um sistema político destruidor das liberdades.

Será que alguém, incluso o senador, se pergunta de onde surgem todas as agendas totalitárias e politicamente corretas que hoje idiotizam o país? Por onde saem os projetos esquerdistas de controle estatal cada vez maior da economia, da cultura, do pensamento e da sociedade política? É ingênuo achar que os petistas são arautos da velha corrupção que é lugar-comum do país. O PT, fundamentalmente, não quer apenas cargos públicos. Não quer apenas inchar uma burocracia. Não quer apenas dinheiro público. Fundamentalmente, o PT quer o poder absoluto e ilimitado. Quer, em suma, implantar o totalitarismo no país. É muito mais abrangente: o projeto totalitário tomará conta não só do Brasil, como de toda a América Latina.

Essa percepção só é válida se alguém obsevar o todo, o conjunto, a trajetória do PT na ideologia e nos esquemas de poder que construiu durante mais de 30 anos de vida política. E isso implica um estudo de campo, observando quais são as idéias, as alianças, os tipos humanos e os métodos de se fazer política desse partido. E ao que se revela, ninguém aprendeu muito com o que ocorre no país atualmente. Com a exceção de algumas opiniões isoladas na internet, nos jornais e revistas, as políticas petistas passam incólumes para a opinião pública, demasiado tola ou cúmplice para entender por qual caminho o país está sendo levado. O príncipe Dom Bertrand de Orleáns e Bragança, em uma feliz reportagem, disse que o Brasil está sendo levado aonde não quer. Nisto ele tem razão. O problema é que o grosso do país ainda insiste em ignorar para onde está sendo levado. Não consegue ver. Ou se nega ver.

Neste ínterim, o senador Demóstenes, reconhecendo, ainda que fragmentariamente, essa expansão do Estado-partido na vida civil, toca no assunto em voga, que é a atuação do STF. Na entrevista à Revista Veja, ele diz que só nos resta ....

Leia mais: http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/12188-o-supremo-tribunal-de-excecao-petista.html

21 de junho de 2011

ESQUERDA ASSASSINA


http://www.midiasemmascara.org/

Bruno Pontes
14 Junho 2011
Artigos - Governo do PT

Não há mais manifestação mais escancarada da orgulhosa falta de escrúpulos dessa escória do que o seu orgasmo ante a soltura de Cesare Battisti.

Palavras de Nelson Rodrigues: "Conhecíamos o canalha, o mentiroso, o vampiro de Düsseldorf. Todos os pulhas de todos os tempos e de todos os idiomas, mas, ainda assim, homens. O comunismo inventou alguém que não é homem. Para o comunista, o que nós chamamos de dignidade é um preconceito burguês. Para o comunista, o pequeno-burguês é um idiota absoluto justamente porque tem escrúpulos".

Não há mais manifestação mais escancarada da orgulhosa falta de escrúpulos dessa escória do que o seu orgasmo ante a soltura de Cesare Battisti. E nada mostra com mais clareza o sucesso da estratégia de Antonio Gramsci do que o respeitoso tratamento de "ativista" dispensado a Battisti pela nossa classe dita letrada, que jamais chamará um assassino de assassino se ele tiver assassinado para construir o outro mundo possível.

Para o vice-líder da bancada do PT na Câmara, Fernando Ferro, "quando o presidente Lula concedeu o asilo a Battisti, reafirmou o sentido da soberania e da autodeterminação do povo brasileiro". Tese referendada por seis ministros do Supremo Tribunal Federal, segundo os quais devemos botar um assassino na rua só para mostrar ao mundo que nós podemos.

O mesmo Fernando Ferro disse que a oposição, ao criticar a decisão do STF, "mostra que é subalterna a um governo decadente como o do primeiro-ministro Silvio Berlusconi e mostra que é colonizada". Quem quase usou essas palavras foi o ministro Joaquim Barbosa, que soltou Battisti para peitar uma "potência estrangeira".
(...)
Leia mais: http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/12165-esquerda-assassina.html

17 de junho de 2011

PERCIVAL PUGGINA: Carta a um professor petista

Quem defende privilegiados é o PT. Que o digam os banqueiros e os financiadores de suas campanhas e as grandes corporações. O senhor não lê jornais, professor?

Três décadas neste mister de emitir opinião me habituaram a e-mails de aprovação e de reprovação. Pela primeira vez, no entanto, um leitor me escreve não para comentar determinado texto, mas para atacar "o conjunto da obra". Ele topou com algo que escrevi e acessou meu blog. Sentindo-se ferido em seus brios petistas, partiu para o ataque. Decidi responder-lhe através de um artigo. É o que segue. Primeiro diz ele e, em seguida, respondo eu.
Diz ele que meu único motivo ao escrever é avacalhar o PT e que atribuo ao PT e ao comunismo (que segundo ele "já não existe") todos os males do mundo.
Respondo eu. A lista dos adversários que combato, professor, é extensa. Eu aponto erros, critico e ironizo, entre outros, o PT, a Teologia da Libertação, a chamada Igreja Progressista, as práticas revolucionárias do MST e movimentos assemelhados, o relativismo moral, a deseducação sexual, a complacência com o crime, a corrupção, o péssimo modelo institucional brasileiro, o corporativismo nos menores e nos maiores escalões, a doutrinação política nas escolas, a perda da soberania nacional para as nações indígenas, a influência das ONGs estrangeiras nas políticas brasileiras, a estatização, a concentração de poderes e de recursos em Brasília, a carga tributária, a partidarização do Poder Judiciário, a destruição da instituição familiar, a gratuidade do ensino superior público para quem pode pagar por ele. Combato, mas não avacalho. Mas se os petistas enfiam todas essas carapuças, o que eu posso fazer, professor?
Por outro lado, o maior sucesso dos comunistas nunca foi alcançado no plano das realizações pretendidas ou prometidas, mas em fazer crer que não existia. Não se diga isso, contudo, para alguém que dezenas de vezes por ano é chamado pela mídia para debater com defensores do regime cubano, ou do regime de Chávez, ou do mito Guevara, muitos dos quais usando distintivos com foice e martelo, ou com estrelinhas vermelhas. Dizer-me que comunismo não existe vale tanto quanto bater pé insistindo que Papai Noel existe.
Diz ele que jamais reconheço qualquer mérito ao PT ao longo dos oito anos do governo Lula, que desprezo os 84% de brasileiros que lhe atribuíram conceitos de aprovação, que não levo em conta os milhões de egressos da miséria durante sua gestão e que os governos dos partidos que eu apoio jamais fizeram isso.
Respondo eu. Reconheço méritos no governo Lula, sim. Muito escrevi a respeito do principal desses méritos, que foi o de chutar para longe a maior parte das bobagens que cobrava e das propostas tolas e demagógicas com que se apresentou à sociedade durante duas décadas. No entanto, ao descartar aquela plataforma irresponsável, em vez de se desculpar perante a nação, Lula simplesmente afirmou que "a gente quando está na oposição faz muita bravata". Que vergonha, professor! Durante vinte anos o partido dele cresceu deformando a opinião pública e afirmando que o paraíso estava poucos passos além das bravatas com que acenava para buscar votos.
Felizmente, a despeito das duríssimas campanhas contra elas movidas por Lula e o seu partido, os governos anteriores ao do PT implantaram e deram continuidade a importantes políticas. A saber: a) o Plano Real, que os petistas chamavam de estelionato eleitoral; b) a Lei de Responsabilidade Fiscal, que chamavam de arrocho imposto pelo FMI; c) a abertura da economia brasileira, que chamavam de globalização neoliberal; d) o fim do protecionismo à indústria nacional, que chamavam de sucateamento do nosso parque produtivo; e) as privatizações, que chamavam de venda do nosso patrimônio; f) o cumprimento das obrigações com os credores internacionais, que chamavam de pagar a dívida com sangue do povo; g) a geração de superávit fiscal, que chamavam de guardar dinheiro para dar ao FMI; h) o Proer, que chamavam de dar dinheiro do povo para banqueiro; e i) o fortalecimento da agricultura empresarial, que queriam substituir por assentamentos do MST.
Em momento algum os governos anteriores ao de Lula receberam dos endinheirados do país e de suas entidades representativas as manifestações de estima e consideração que ele colecionou enquanto dava bolsa família para os pobres e bolsa Louis Vuitton para os ricos.
Diz ele que sou um defensor de privilegiados e que nenhum outro presidente brasileiro foi tão bem entendido pelo povo.
(...)

9 de junho de 2011

Tarso Genro acha o governo italiano arrogante por querer punir crime de sangue. Será?

O governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro está eufórico. A decisão do STF em não devolver Cesare Battisti a Itália, lhe soa como um atestado de aprovação a tudo que fez e disse em relação ao terrorista e homicida.

Reinaldo Azevedo, em citação abaixo, deixa muito claro onde realmente está a arrogância desmesurada.

"Se não me engano, e eu não me engano, o governo brasileiro recorreu à Justiça de Mônaco para extraditar Salvatore Cacciola para o Brasil. Tarso Genro foi pessoalmente àquele principado. No Brasil, a Itália apenas contratou um advogado. O governo brasileiro faz questão que alguém que tenha cometido crime financeiro cumpra pena no país, mas acha uma violência e uma agressão que a Itália queira que um cidadão daquele país, condenado por quatro homicídios, cumpra pena em solo italiano" Reinaldo Azevedo.

Lembrei da atriz comediante Fabiana Karla  na pele da  nutricionista Doutora Lorca, a gordinha do Zorra total, e do seu bordão: isso pode! Isso não pode! Para Tarso Genro terrorismo e homicídio pode, crime financeiro não pode.

Pois bem, Tarso Genro desconsiderando qualquer evidência objetiva do mundo real, inclusive de atos praticados por ele mesmo, tem o desplante de taxar o governo Italiano de arrogante e de tratar o Brasil como se fosse uma republiqueta. Isto não aconteceu, a fala de Tarso Genro é apenas uma projeção de si mesmo e do Brasil atual.

Battisti, o homicida - Seis ministros do Supremo fazem do Brasil, a partir de hoje, o Cafofo do Osama

Por Reinaldo Azevedo

Acompanhei ontem a sessão do Supremo Tribunal Federal que acabou resultando na liberdade do homicida Cesare Battisti. Condenado à prisão perpétua pelo assassinato de quatro pessoas, em circunstâncias que evidenciam, ademais, asquerosa covardia, o facinoroso é agora hóspede de nossa generosidade, de nosso bundalelê jurídico. Escrevi vários posts a respeito.

Cumpre lembrar rapidamente: então ministro da Justiça, contrariando parecer do Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), Tarso Genro concedeu refúgio a Battisti, condenado por crime comum na Itália. Tarso apelou a algumas falácias para tomar a sua decisão: como se fosse corte revisora da Justiça italiana, apontou vícios nos processos que resultaram na condenação — que se provaram falsos! — e acusou a Itália de viver, à época, um período de exceção. Também é mentira. Tratava-se, como se trata, de um estado democrático. Alegou ainda que, se devolvido à Itália, Battisti correria o risco de sofrer represálias.

A República italiana apelou ao Supremo, e o tribunal entendeu que a concessão do refúgio era ilegal. Numa votação confusa, ficou decidido que caberia ao presidente decidir pela extradição de Battisti “nos termos do tratado” existente entre os dois países. Lula decidiu manter Battisti no Brasil CONTRA O TRATADO e contra decisão do próprio Supremo.

Seis ministros — Luiz Fux, Carmen Lúcia, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto e Marco Aurélio de Mello — entenderam que o presidente da República decide soberanamente se concede ou não refúgio. A ser assim, como bem lembrou Cezar Peluso, STF para quê? Para atuar como mero “parecerista” do Executivo, sendo, ainda assim, ignorado por ele? É uma piada!

Gilmar Mendes leu o seu brilhante voto ao longo de duas horas. Todas as teses levantadas contra a extradição foram desmontadas com rigor e método, mas foi inútil. Àquela altura, uma decisão de natureza política já tinha sido tomada. Tanto é assim que, na linha do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, os ministros que soltaram Battisti também entenderam que era inadmissível o recurso do estado da Itália contra a decisão de Lula. Ora, o governo da Itália só recorreu ao Supremo porque, afinal, há um tratado entre os dois países.

Mas quê! Luiz Fux, que parece estar decidido a se comportar como “Luiz Lux”, resolveu iluminar as mentes com um nacionalismo de tal sorte exacerbado que quase levanto da cadeira e começo a cantar o Hino Nacional. Entendi que, quando um governo estrangeiro, com base em um tratado celebrado com o Brasil, recorre à nossa Suprema Corte, está cometendo uma grave agressão à nossa soberania, uma verdadeira ofensa! Se não me engano, e eu não me engano, o governo brasileiro recorreu à Justiça de Mônaco para extraditar Salvatore Cacciola para o Brasil. Tarso Genro foi pessoalmente àquele principado. No Brasil, a Itália apenas contratou um advogado. O governo brasileiro faz questão que alguém que tenha cometido crime financeiro cumpra pena no país, mas acha uma violência e uma agressão que a Itália queira que um cidadão daquele país, condenado por quatro homicídios, cumpra pena em solo italiano.

Eu discordo frontalmente da opinião dos seis ministros, mas....

Leia mais: Battisti, o homicida - Seis ministros do Supremo fazem do Brasil, a partir de hoje, o Cafofo do Osama