Liberdade de Informação: e o direito que os cidadãos têm de ser informado de tudo que se relaciona com a vida do Estado, e que, por conseguinte é de seu peculiar interesse. Esse direito de informação faz parte da essência da democracia. Integra-o a liberdade de imprensa e o direito de ser informado. Artigo 5º inciso XXXIII, da Constituição Federal. Prof. Franscisco Bruno Neto.

25 de maio de 2012

Marcha da Insensatez: PEC do trabalho escravo é um duro golpe contra o direito de propriedade

Transcrevemos abaixo um destemido discurso do Deputado Lael Varella na Câmara dos deputados sobre a votação da PEC do trabalho escravo e do veto ou não da Presidente Dilma Novo Código Florestal . Abaixo o texto do discurso.




O SR. LAEL VARELLA (DEM-MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem foi uma noite de luto para o Congresso Nacional com a aprovação da PEC 438, conhecida como PEC do trabalho escravo, ou trabalho degradante, ou ainda trabalho análogo ao de escravo. Na verdade, seu nome poderia ter sido PEC da armadilha contra a propriedade. Onde está o povo comemorando tal libertação, como o foi por ocasião da Lei Áurea?

Dia radiante aquele 13 de maio de 1888, dia em que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea libertando todos os escravos do Brasil. O Parlamento do Império foi inundado com uma chuva de rosas. O embaixador norte-americano apanhou algumas flores e disse:

Quero guardar estas flores, com a lembrança dessa maravilha. No Brasil a extinção da escravidão foi comemorada com flores, enquanto em meu país custou uma guerra civil com mais de um milhão de mortos.

Entretanto, em pleno século XXI, assistimos a uma cena inversa. O Brasil foi o primeiro e único País a reconhecer, em reunião oficial da ONU, a existência de formas contemporâneas de escravidão. Nem os países africanos onde ainda a escravidão é legalizada dela fazem tal alarde. Muito menos a China, Cuba e os países comunistas que mantêm os trabalhadores do povo em regime forçado, reconhecem-no como escravidão.

De fato, Sr. Presidente, ontem não houve a libertação de ninguém, mas sim um duro golpe contra o direito de propriedade. Com efeito, tal direito representa a liberdade das pessoas contra a truculência do Estado, a liberdade para produzir, gerar empregos e para enriquecer. A nação que cai no socialismo, como Cuba, fica sem liberdade, cai na opressão e na miséria.

Não podemos deixar de dar razão àqueles que apontam que o Brasil marcha na contramão da história. Até a China comunista, Sr. Presidente, reformou a sua Constituição para reconhecer o direito de propriedade. Aliás, com um argumento muito simples: precisa de segurança jurídica para atrair investimentos. E no Brasil damos ao luxo de golpear o sagrado direito de propriedade!

Assim, conforme for a aplicação dessa malfadada PEC – aprovada ontem aqui nesta Casa –, teremos grande desestímulo na contratação de mão de obra, fazendo surgir o desemprego, baixar a produção e aumentar a miséria.

Com essas normas trabalhistas do Ministério do Trabalho que impõe Norma Regulamentadora – NR 31 – com 252 exigências impossíveis de ser cumpridas, antecedendo os fiscais que irão aterrorizar os agricultores com multas escorchantes.

Disso tudo, só podemos esperar um lento e progressivo empobrecimento do País, para depois colocar a culpa no capitalismo ou nos Estados Unidos!

Sr. Presidente, passo a outro assunto de suma gravidade e que deve ser decidido nesta semana. A expectativa da sanção ou veto do novo Código Florestal continua afligindo a benemérita e trabalhadora classe dos produtores rurais não apenas em Minas Gerais, mas no Brasil inteiro.

Ainda na semana passada, os prefeitos de todo o País, reunidos em Brasília, pediram à Presidente a sanção do Código Florestal como garantia de sobrevivência de mais de 4.000 municípios. E nessa semana, o Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri) encaminhou à presidente Dilma Rousseff um manifesto contra o veto ao Código Florestal.

No documento, os titulares das pastas estaduais de Agricultura ponderam que tópicos polêmicos, como a anistia das multas e recuperações de Áreas de Proteção Permanente (APPs), sejam debatidos posteriormente.

Para o presidente do Conseagri, o secretário de agricultura da Bahia, Eduardo Salles, o código é 'fruto de um árduo e exaustivo trabalho de toda a sociedade civil brasileira', além de considerar o veto do documento 'um grande retrocesso'.

E na internet continua sendo propagada uma campanha, aliás, muito bem feita, com o sugestivo título: Não veta Dilma! – Ou o preço da comida vai subir. O que os ambientalistas radicais vêm dizendo é que precisamos produzir menos comida e preservar mais florestas. Mas o que eles não dizem é quanto vamos pagar por isso!

Com efeito, a agropecuária brasileira produz uma das melhores e mais baratas comidas do mundo. Nos últimos 40 anos, nossa agropecuária contribuiu para que o brasileiro deixasse de gastar 40% de seu salário com alimentação ao reduzir este percentual para apenas 16%.

E fez tudo isso, Sr. Presidente, preservando 61% das nossas matas nativas. Vetar o Código Florestal é vetar a nossa produção de comida. Vetar o código Florestal é vetar a qualidade de vida que o brasileiro conquistou nas últimas décadas. Portanto, faço ecoar aqui o clamor dos brasileiros que realmente produzem: Não veta Dilma! – Ou o preço da comida vai subir!

Tenho dito.

Deputado federal Lael Varella.

Fonte: www.paznocampo.org.br

24 de maio de 2012

Mudanças Climáticas: Carta aberta à presidenta Dilma Rousseff

Carta aberta à presidenta Dilma Rousseff

Mudanças climáticas: hora de se recobrar o bom senso

São Paulo, 14 de maio de 2012

Exma. Sra.
Dilma Vana Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

Excelentíssima Senhora Presidenta:

Em uma recente reunião do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, a
senhora afirmou, oportunamente, que a fantasia não tem lugar nas discussões
sobre um novo paradigma de crescimento - do qual a Humanidade necessita, de
fato, para proporcionar a extensão dos benefícios do conhecimento a todas as
sociedades do planeta. Com igual propriedade, a senhora assinalou, também,
que o debate sobre o desenvolvimento sustentado precisa ser pautado pelo
direito dos povos ao progresso, com o devido fundamento científico.

Assim sendo, permita-nos complementar tais formulações, observando que as
discussões sobre o tema central da agenda ambiental, as mudanças climáticas,
têm sido pautadas, predominantemente, por motivações ideológicas, políticas,
econômicas e acadêmicas restritas. Isto as têm afastado, não apenas dos
princípios basilares da prática científica, como também dos interesses maiores
das sociedades de todo o mundo, inclusive a Brasileira. Por isso,
apresentamos-lhe as considerações a seguir.

1) Não há evidências físicas da influência humana no clima global:

A despeito de todo o sensacionalismo a respeito, não existe qualquer evidência
física observada no mundo real, que permita demonstrar que as mudanças
climáticas globais, ocorridas desde a Revolução Industrial do século XVIII,
sejam anômalas em relação às ocorridas anteriormente, no passado histórico e
geológico – anomalias que, se ocorressem, caracterizariam a influência humana.

Todos os prognósticos que indicam elevações exageradas das temperaturas e
dos níveis do mar, nas décadas vindouras, além de outros efeitos negativos
atribuídos ao lançamento de compostos de carbono de origem humana
(antropogênicos) na atmosfera, baseiam-se em projeções de modelos
matemáticos, que constituem apenas simplificações limitadas do sistema
climático – e, portanto, não deveriam ser usados para fundamentar políticas
públicas e estratégias de longo alcance e com grandes impactos
socioeconômicos de âmbito global.

A influência humana no clima restringe-se às cidades e seus entornos, em
situações específicas de calmarias, sendo esses efeitos bastante conhecidos, mas
sem influência em escala planetária. Para que a ação humana no clima global
ficasse demonstrada, seria preciso que, nos últimos dois séculos, estivessem
ocorrendo níveis inusitadamente altos de temperaturas e níveis do mar e,
principalmente, que as suas taxas de variação (gradientes) fossem superiores
às verificadas anteriormente.

O relatório de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC) registra que, no período 1850-2000, a temperatura média global
aumentou 0,74oC, e que, entre 1870 e 2000, os níveis do mar subiram 0,2 m.
Ora, ao longo do Holoceno, a época geológica correspondente aos últimos
12.000 anos em que a Civilização tem existido, houve diversos períodos com
temperaturas mais altas que as atuais. No Holoceno Médio, há 6.000-8.000
anos, as temperaturas médias chegaram a ser 2oC a 3oC superiores às atuais,
enquanto os níveis do mar atingiram até 3 metros acima do atual. Igualmente,
nos períodos quentes conhecidos como Minoano (1500-1200 a.C.), Romano
(séc. VI a.C.-V d.C.) e Medieval (séc. X-XIII d.C.), as temperaturas foram mais
de 1oC superiores às atuais.

Quanto às taxas de variação desses indicadores, não se observa qualquer
aceleração anormal delas nos últimos dois séculos. Ao contrário, nos últimos
20.000 anos, desde o início do degelo da última glaciação, houve períodos em
que os gradientes das temperaturas e dos níveis do mar chegaram a ser uma
ordem de grandeza superiores aos verificados desde o século XIX.
Entre 12.900 e 11.600 anos atrás, no período frio denominado Dryas Recente, as
temperaturas caíram cerca de 8oC em menos de 50 anos e, ao término dele,
voltaram a subir na mesma proporção, em pouco mais de meio século.

Quanto ao nível do mar, ele subiu cerca de 120 metros, entre 18.000 e 6.000
anos atrás, o que equivale a uma taxa média de 1 metro por século,
suficientemente rápida para impactar visualmente as gerações sucessivas das
populações que habitavam as margens continentais. No período entre 14.650 e
14.300 anos atrás, a elevação foi ainda mais acelerada, atingindo cerca de 14
metros em apenas 350 anos – média de 4 metros por século.

Tais dados representam apenas uma ínfima fração das evidências
proporcionadas por, literalmente, milhares de estudos realizados em todos os
continentes, por cientistas de dezenas de países, devidamente publicados na
literatura científica internacional. Desafortunadamente, é raro que algum destes
estudos ganhe repercussão na mídia, quase sempre mais inclinada à promoção
de um alarmismo sensacionalista e desorientador.

Por conseguinte, as variações observadas no período da industrialização se
enquadram, com muita folga, dentro da faixa de oscilações naturais do clima e,
portanto, não podem ser atribuídas ao uso dos combustíveis fósseis ou a
qualquer outro tipo de atividade vinculada ao desenvolvimento humano.

2) A hipótese “antropogênica” é um desserviço à ciência:

A boa prática científica pressupõe a busca permanente de uma convergência
entre hipóteses e evidências. Como a hipótese do aquecimento global
antropogênico (AGA) não se fundamenta em evidências físicas observadas, a
insistência na sua preservação representa um grande desserviço à Ciência e à
sua necessária colocação a serviço do progresso da Humanidade.

A História registra numerosos exemplos dos efeitos nefastos do atrelamento da
Ciência a ideologias e outros interesses restritos. Nos países da antiga URSS, as
Ciências Agrícolas e Biológicas ainda se ressentem das consequências do atraso
de décadas provocado pela sua subordinação aos ditames e à truculência de

Trofim D. Lysenko, apoiado pelo ditador Josef Stálin e seus sucessores
imediatos, que rejeitava a Genética, mesmo diante dos avanços obtidos por
cientistas de todo o mundo, inclusive na própria URSS, por considerá-la uma
“ciência burguesa e antirrevolucionária”. O empenho na imposição do AGA, sem
as devidas evidências, equivale a uma versão atual do “lysenkoísmo”, que tem
custado caro à Humanidade, em recursos humanos, técnicos e econômicos
desperdiçados com um problema inexistente.

Ademais, ao conferir ao dióxido de carbono (CO2) e outros gases produzidos
pelas atividades humanas o papel de principais protagonistas da dinâmica
climática, a hipótese do AGA simplifica e distorce um processo extremamente
complexo, no qual interagem fatores astrofísicos, atmosféricos, oceânicos,
geológicos, geomorfológicos e biológicos, que a Ciência apenas começa a
entender em sua abrangência.

Um exemplo dos riscos dessa simplificação é a possibilidade real de que o
período até a década de 2030 experimente um considerável resfriamento, em
vez de aquecimento, devido ao efeito combinado de um período de baixa
atividade solar e de uma fase de resfriamento do oceano Pacífico (Oscilação
Decadal do Pacífico-ODP), em um cenário semelhante ao verificado entre 1947 e
1976. Vale observar que, naquele intervalo, o Brasil experimentou uma redução
de 10-30% nas chuvas, o que acarretou problemas de abastecimento de água e
geração elétrica, além de um aumento das geadas fortes, que muito
contribuíram para erradicar o café no Paraná. Se tais condições se repetirem, o

País poderá ter sérios problemas, inclusive, nas áreas de expansão da fronteira
agrícola das regiões Centro-Oeste e Norte e na geração hidrelétrica
(particularmente, considerando a proliferação de reservatórios “a fio d’água”,
impostos pelas restrições ambientais).

A propósito, o decantado limite de 2oC para a elevação das temperaturas, que,
supostamente, não poderia ser superado e tem justificado todas as restrições
propostas para os combustíveis fósseis, em âmbito internacional, também não
tem qualquer base científica: trata-se de uma criação “política” do físico Hans-
Joachim Schellnhuber, assessor científico do governo alemão, como admitido
por ele próprio, em uma entrevista à revista Der Spiegel (17/10/2010).

3) O alarmismo climático é contraproducente:

As mudanças constituem o estado permanente do sistema climático – pelo que a
expressão “mudanças climáticas” chega a ser redundante. Por isso, o alarmismo
que tem caracterizado as discussões sobre o tema é extremamente prejudicial à
atitude correta necessária diante dos fenômenos climáticos, que deve ser
orientada pelo bom senso e pelo conceito de resiliência, em lugar de submeter
as sociedades a restrições tecnológicas e econômicas absolutamente
desnecessárias.

No caso, resiliência significa a flexibilidade das condições físicas de
sobrevivência e funcionamento das sociedades, além da capacidade de resposta
às emergências, permitindo-lhes reduzir a sua vulnerabilidade às oscilações
climáticas e outros fenômenos naturais potencialmente perigosos. Tais
requisitos incluem, por exemplo, a redundância de fontes alimentícias (inclusive
a disponibilidade de sementes geneticamente modificadas para todas as
condições climáticas), capacidade de armazenamento de alimentos,
infraestrutura de transportes, energia e comunicações e outros fatores.

Portanto, o caminho mais racional e eficiente para aumentar a resiliência da
Humanidade, diante das mudanças climáticas inevitáveis, é a elevação geral dos
seus níveis de desenvolvimento e progresso aos patamares permitidos pela
Ciência e pela Tecnologia modernas.

Além disso, o alarmismo desvia as atenções das emergências e prioridades reais.
Um exemplo é a indisponibilidade de sistemas de saneamento básico para mais
da metade da população mundial, cujas consequências constituem, de longe, o
principal problema ambiental do planeta. Outro é a falta de acesso à
eletricidade, que atinge mais de 1,5 bilhão de pessoas, principalmente na Ásia,
África e América Latina.

No Brasil, sem mencionar o déficit de saneamento, grande parte dos recursos
que têm sido alocados a programas vinculados às mudanças climáticas, segundo
o enfoque da redução das emissões de carbono, teria uma destinação mais útil à
sociedade se fosse empregada na correção de deficiências reais, como: a falta de
um satélite meteorológico próprio (de que dispõem países como a China e a
Índia); a ampliação e melhor distribuição territorial da rede de estações
meteorológicas, inferior aos padrões recomendados pela Organização
Meteorológica Mundial, para um território com as dimensões do brasileiro; o
aumento do número de radares meteorológicos e a sua interligação aos sistemas
de defesa civil; a consolidação de uma base nacional de dados climatológicos,
agrupando os dados de todas as estações meteorológicas do País, boa parte dos
quais sequer foi digitalizada; e numerosas outras.

4) A “descarbonização” da economia é desnecessária e economicamente deletéria:

Uma vez que as emissões antropogênicas de carbono não provocam impactos
verificáveis no clima global, toda a agenda da “descarbonização” da economia,
ou “economia de baixo carbono”, se torna desnecessária e contraproducente –
sendo, na verdade, uma pseudo-solução para um problema inexistente. A
insistência na sua preservação, por força da inércia do status quo, não implicará
em qualquer efeito sobre o clima, mas tenderá a aprofundar os seus numerosos
impactos negativos.

O principal deles é o encarecimento desnecessário das tarifas de energia e de
uma série de atividades econômicas, em razão de: a) os pesados subsídios
concedidos à exploração de fontes energéticas de baixa eficiência, como a eólica
e solar - ademais, inaptas para a geração elétrica de base (e já em retração na
União Europeia, que investiu fortemente nelas); b) a imposição de cotas e taxas
vinculadas às emissões de carbono, como fizeram a União Europeia, para
viabilizar o seu mercado de créditos de carbono, e a Austrália, sob grande
rejeição popular; c) a imposição de medidas de captura e sequestro de carbono
(CCS) a várias atividades.

Os principais beneficiários de tais medidas têm sido os fornecedores de
equipamentos e serviços de CCS e os participantes dos intrinsecamente inúteis
mercados de carbono, que não têm qualquer fundamento econômico real e se
sustentam tão-somente em uma demanda artificial criada sobre uma
necessidade inexistente. Vale acrescentar que tais mercados têm se prestado a
toda sorte de atividades fraudulentas, inclusive no Brasil, onde autoridades
federais investigam contratos de carbono ilegais envolvendo tribos indígenas, na
Amazônia, e a criação irregular de áreas de proteção ambiental para tais
finalidades escusas, no estado de São Paulo.

5) É preciso uma guinada para o futuro:

Pela primeira vez na História, a Humanidade detém um acervo de
conhecimentos e recursos físicos, técnicos e humanos, para prover a virtual
totalidade das necessidades materiais de uma população ainda maior que a
atual. Esta perspectiva viabiliza a possibilidade de se universalizar – de uma
forma inteiramente sustentável – os níveis gerais de bem-estar usufruídos pelos
países mais avançados, em termos de infraestrutura de água, saneamento,
energia, transportes, comunicações, serviços de saúde e educação e outras
conquistas da vida civilizada moderna. A despeito dos falaciosos argumentos
contrários a tal perspectiva, os principais obstáculos à sua concretização, em
menos de duas gerações, são mentais e políticos, e não físicos e ambientais.

Para tanto, o alarmismo ambientalista, em geral, e climático, em particular, terá
que ser apeado do seu atual pedestal de privilégios imerecidos e substituído por
uma estratégia que privilegie os princípios científicos, o bem comum e o bom
senso.

A conferência Rio+20 poderá ser uma oportuna plataforma para essa necessária
reorientação.


Kenitiro Suguio
Geólogo, Doutor em Geologia
Professor Emérito do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo
(USP)
Membro titular da Academia Brasileira de Ciências


Luiz Carlos Baldicero Molion
Físico, Doutor em Meteorologia e Pós-doutor em Hidrologia de Florestas
Pesquisador Sênior (aposentado) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Professor Associado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

Fernando de Mello Gomide
Físico, Professor Titular (aposentado) do Instituto Tecnológico da Aeronáutica
(ITA)
Co-autor do livro Philosophy of Science: Brief History (Amazon Books, 2010,
com Marcelo Samuel Berman)

José Bueno Conti
Geógrafo, Doutor em Geografia Física e Livre-docente em Climatologia
Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo
(USP)
Autor do livro Clima e meio ambiente (Atual, 2011)

José Carlos Parente de Oliveira
Físico, Doutor em Física e Pós-doutor em Física da Atmosfera
Professor Associado (aposentado) da Universidade Federal do Ceará (UFC)
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará
(IFCE)

Francisco Arthur Silva Vecchia
Engenheiro de Produção, Mestre em Arquitetura e Doutor em Geografia
Professor Associado do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de
Engenharia de São Carlos–USP
Diretor do Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA)

Ricardo Augusto Felicio
Meteorologista, Mestre e Doutor em Climatologia
Professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP)

Antonio Jaschke Machado
Meteorologista, Mestre e Doutor em Climatologia
Professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)

João Wagner Alencar Castro
Geólogo, Mestre em Sedimentologia e Doutor em Geomorfologia
Professor Adjunto do Departamento de Geologia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ)
Chefe do Departamento de Geologia e Paleontologia do Museu Nacional/UFRJ

Helena Polivanov
Geóloga, Mestra em Geologia de Engenharia e Doutora em Geologia de
Engenharia e Ambiental
Professora Associada do Departamento de Geologia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ)

Gustavo Macedo de Mello Baptista
Geógrafo, Mestre em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos e Doutor em
Geologia
Professor Adjunto do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília
(UnB)
Autor do livro Aquecimento Global: ciência ou religião? (Hinterlândia, 2009)

Paulo Cesar Soares
Geólogo, Doutor em Ciências e Livre-docente em Estratigrafia
Professor Titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Gildo Magalhães dos Santos Filho
Engenheiro eletrônico, Doutor em História Social e Livre-docente em História
da Ciência e Tecnologia
Professor Associado do Departamento de História da
Universidade de São Paulo (USP)

Paulo Cesar Martins Pereira de Azevedo Branco
Geólogo, Pesquisador em Geociências (B-sênior) do Serviço Geológico do Brasil – CPRM
Especialista em Geoprocessamento e Modelagem Espacial de Dados em Geociências

Daniela de Souza Onça
Geógrafa, Mestra e Doutora em Climatologia
Professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Marcos José de Oliveira
Engenheiro Ambiental, Mestre em Engenharia Ambiental e Climatologia Aplicada
Doutorando em Geociências Aplicadas na Universidade de Brasília (UnB)

Geraldo Luís Saraiva Lino
Geólogo, coeditor do sítio Alerta em Rede
Autor do livro A fraude do aquecimento global: como um fenômeno natural foi
convertido numa falsa emergência mundial (Capax Dei, 2009)

Maria Angélica Barreto Ramos
Geóloga, Pesquisadora em Geociências (Senior) do Serviço Geológico d Brasil – CPRM
Mestre em Geociências – Opção Geoquímica Ambiental e Especialista em
Geoprocessamento e Modelagem Espacial de Dados em Geociências

21 de maio de 2012

Diplomatizzando: PCBe PCdoB: irmaos siameses igualmente ridiculos

O PCB, ou Partido Comunista Brasileiro, e o PCdoB, que é o maoísta "do Brasil", possuem as mesmas origens, naquilo que antigamente se chamava MCI, ou Movimento Comunista Internacional (que era a designação oficial que os escritos da Escola Superior de Guerra retinha para seus alunos e cursos).


Pois bem, durante a Guerra Fria (em maiúsculas, por favor), o MCI era todo poderoso e cobria desde a "mãe" União Soviética até o mais modesto partidinho comunista em algum canto perdido da superfície do planeta (sempre com a ajuda generosa da "empresa" mãe, claro).


Hoje, depois de muitas divisões e desastres ainda sobram comunistas, e sua extensão internacional, pelo lado-ex-soviético -- acho que os maoístas perderam esse internacionalismo todo -- pode ser vista nesta lista de partidos e movimentos afins, alguns simples publicações, que fui "pescar" no site oficial do PCB, o velho Partidão, reconstruído, pois o antigo deixou de funcionar há muito tempo.


Enfim, aproveitem para ler....

Leia mais: Diplomatizzando: PCBe PCdoB: irmaos siameses igualmente ridiculos

Padre Paulo Ricardo: 48 - Parresía: Teólogos da corte

11 de maio de 2012

Momento Musical: Banda de Música 3°BPE Teaser ExpoEx 2012



A banda do 3BPE de Porto Alegre, RS, Brasil, merece ter esse bom momento pelo qual passa, registrado em um DVD. Garanto que só a clientela do Exército já justifica o investimento.

8 de maio de 2012

Ricardo Felício afirma que o aquecimento global é uma mentira

O professor de climatologia na USP Ricardo Augusto Felício fez doutorado sobre a Antártida e afirma com todas as letras: “o aquecimento global é uma mentira”. Segundo ele, não existem provas científicas desse fenômeno.

 Ricardo Augusto Felício comentou que o nível do mar não está aumentando e que o gelo derrete sim, mas depois volta a congelar, porque esse é o seu ciclo.

 O professor lembrou ainda que o El Niño, um fenômeno natural, faz esse nível variar cerca de meio metro. “O nível do mar continua no mesmo lugar. Primeiro se fosse derreter alguma coisa, teria que ser a Antártida, mas para derretê-la você tem que ter na Terra uma temperatura uns vinte ou trinta graus mais elevados”, explicou o professor.

 Leia mais e assista o vídeo da entrevista no link: http://programadojo.globo.com/platb/programa/2012/05/02/ricardo-augusto-felicio-afirma-que-o-aquecimento-global-e-uma-mentira/

7 de maio de 2012

LULA ESTÁ COM ÓDIO E ABRAÇADO A SEU RANCOR! ELE É HOJE O ÚNICO RISCO QUE ENFRENTA O GOVERNO DILMA. OU: AINDA QUE A GRITARIA SUGIRA O CONTRÁRIO, OS TOTALITÁRIOS JÁ PERDERAM

Considero este texto um dos mais importantes já publicados neste blog. Se gostarem, ajudem a divulgá-lo.*
Eu não gosto da expressão “passar a história a limpo”. Tem apelo inequivocamente totalitário. Fica parecendo que vivemos produzindo rascunhos e que a história verdadeira nos aguarda em algum lugar. Para tanto, teríamos de nos submeter às vontades de um líder, de uma raça, de uma classe ou de partido para atingir, então, aquela verdade verdadeira. A gente sabe aonde isso já deu. Nos milhões de mortos dos vários fascismos e do comunismo. Assim, não existe história a ser “passada a limpo”. Os países que alcançaram a democracia política, como alcançamos, têm é de lutar para tirar da vida pública os corruptos, os aproveitadores e os oportunistas. Isso é “passar a limpo”? Não! isso é melhorar quem somos. Não por acaso, antes que prossiga, noto que Luiz Inácio Lula da Silva é um dos herdeiros dessa visão totalitária supostamente saneadora — daí o seu mentiroso “nunca antes na história destepaiz“, como se fosse o fundador do Brasil.
A CPI do Cachoeira poderia ser — pode ser ainda, a depender do andamento, vamos ver — mais uma dessas oportunidades em que práticas detestáveis dos subterrâneos da política vêm à luz, permitindo punir aqueles que abusaram dos cofres públicos, das instituições e da boa-fé dos brasileiros. Ocorre que há uma boa possibilidade de que isso não aconteça. E por quê? Porque Lula está com ódio. Um ódio injustificado. Um ódio de quem não sabe ser grato. Um ódio de quem não encontra a paz senão exercendo o mando. É ele quem centraliza hoje os esforços para que a CPI se transforme num tribunal de acusação da Procuradoria Geral da República, do Supremo Tribunal Federal e da imprensa independente. E já não esconde isso de seus interlocutores.
A presidente Dilma Rousseff, cujo governo não é do meu gosto — e há centenas de textos dizendo por que não — já deve ter percebido (e, se não o percebeu, então padece de uma grave déficit de atenção política): o risco maior de desestabilização de seu governo não vem da oposição ou do jornalismo que leva a sério o seu trabalho. O nome do risco é Lula.
Ele quer se vingar. Mas se vingar exatamente do quê? Não há explicação racional para o seu rancor, como vou demonstrar abaixo. Já foi, sim, um elemento que ajudou a construir a democracia brasileira — não mais do que isto, friso: uma personagem que participou de sua construção. Nem sempre de modo decoroso. Em momentos cruciais, para fortalecer seu partido, atuou como sabotador. Mas o sistema que se queria edificar era mais forte do que a sua sabotagem. Negou-se a homologar a Constituição; recusou-se a participar do Colégio Eleitoral; opôs-se ao Plano Real; disse “não” às reformas que estão hoje na base da estabilidade que aí está… A lista seria longa. Mesmo assim, ao participar do jogo institucional (ainda que sem ter a devida clareza de sua importância), deu a sua cota. Agora que o regime democrático está estabelecido, Lula se esforça para arrastar na sua pantomima e na do seu partido alguns dos pilares do estado democrático e de direito.
Por quê? Seria seu senso de justiça tão mais atilado do que o da maioria? É a sua intolerância com eventuais falcatruas que o leva hoje a armar setores do seu partido e da base aliada para tentar esmagar a Procuradoria, o Supremo e a imprensa? Não! Lamento ter de escrever que é justamente o contrário: o que move a ação de Lula, infelizmente, é o esforço para proteger os quadrilheiros do mensalão. Uma coisa é certa: outros líderes, antes dele, já deram guarida a bandidos. O PT não fundou a corrupção no Brasil. Mas só Lula e seu partido a transformaram num fundamento ético a depender de quem é o corrupto. Se aliado, é só um herói injustiçado.
Ódio imotivadoE Lula, por óbvio, deveria estar com o coração pacificado, lutando para fortalecer as instituições, não para enfraquecê-las. Um conjunto de circunstâncias — somadas a suas qualidades pessoais (e defeitos influentes) — fez dele o que é. Em poucas pessoas, o casamento da “virtù” com a “fortuna” foi tão bem-sucedido. O menino pobre, retirante, tornou-se presidente da República, eleito e reeleito, admirado país e mundo afora. Podemos divergir — e como divergimos! — dessa avaliação, mas nada disso muda o fato objetivo. Quantos andaram ou andarão trajetória tão longa do ponto de partida ao ponto de chegada?
Lula deveria ser grato aos aliados e também aos adversários. Qualquer um que tenha um entendimento mediano da história sabe como os oponentes ajudam a formar a têmpera do líder, oferecendo-lhe oportunidades. Não há, do ponto de vista do Apedeuta, o que corrigir no roteiro. O destino lhe foi extremamente generoso. Sua alma deveria estar em festa. E, no entanto, ele sai proclamando por aí que chegou a hora de ajustar as contas. Com quem? Com quê?
Não farei aqui a linha ingênuo-propositiva, sugerindo que o ex-presidente deixe a CPI trabalhar sem orientação partidária, investigando quem tem de ser investigado, ignorando que há forças políticas em ação e que é parte do jogo a sua articulação para se defender e atacar. Isso é normal no jogo democrático. O que não é aceitável é esse esforço para eliminar todas as outras — à falta de melhor designação, ficarei com esta — “instâncias de verdade” da sociedade. Instâncias que são, reitero, instituições basilares da democracia.
Lula e seus sectários chegaram ao ponto em que acreditam que o PT não pode conviver com uma Procuradoria-Geral da República que não seja um braço do partido; com um Supremo Tribunal Federal que não seja uma seção do partido; com uma imprensa que não seja uma das extensões do partido. Todos eles têm de ser desmoralizados para que, então, o PT surja no horizonte realizando a sua vocação: SER A ÚNICA INSTÂNCIA DE VERDADE. Na conversa que manteve anteontem com petistas, em que anunciou — POR CONTA PRÓPRIA — que o governo vai avançar sobre a mídia, Rui Falcão, presidente do PT, foi claríssimo:
“(a mídia) é um poder que contrasta com o nosso governo desde a subida do (ex-presidente) Lula, e não contrasta só com o projeto político e econômico. Contrasta com o atual preconceito, ao fazer uma campanha fundamentalista como foi a campanha contra a companheira Dilma (nas eleições presidenciais de 2010).”
Ou por outra: o bando heavy metal do PT considera que as instituições da democracia ocupam o seu espaço vital, sufocam-no. Se o partido foi vitorioso e chegou ao poder segundo os instrumentos democráticos, uma vez no topo, é preciso começar a eliminá-los. Esses petistas entendem a política segundo uma linha supostamente evolutiva de que eles seriam os mais aptos. Qualquer outra possibilidade significa um retrocesso. É um mito da velha esquerda, herdado, sim, lá do marxismo — ainda que o partido não seja mais marxista nos fundamentos econômicos. Da velha teoria, herdou a paixão pelo totalitarismo.
Já vimos isso antes e alhuresJá vimos isso antes na história. Na América Latina, a Argentina assiste a um processo ainda mais agressivo, conforme revela matéria da VEJA na edição desta semana (falo a respeito em outro post). Os regimes autoritários ou a depredação da democracia não surgem sem justificativas verossímeis e sem o apoio de muitos inocentes úteis e inúteis. Procedimentos corriqueiros do jogo democrático e do confronto de ideias começam a ser ideologicamente demonizados para que venham a ser considerados crimes. Voltem à fala de Rui Falcão. A simples disputa eleitoral, para ele, é chamada de “manifestação de preconceito” das oposições. A vigilância que toda imprensa deve exercer numa democracia é tratada como ato de sabotagem do governo. E ninguém estranha, é evidente, que VEJA esteja entre os alvos preferenciais dos autoritários.
Aqui e ali alguns tontos se divertem um tatinho achando que a pinima de Lula e de seus extremistas é com a revista em particular. Não é, não! É com a imprensa livre. Se VEJA está entre seus alvos preferenciais, deve ser porque foi o veículo que mais o incomodou. Então se tira da algibeira a acusação obviamente falsa, comprovadamente falsa, de que a publicação participou de conspirações contra esse ou aquele. Ora, digam aí os nomes dos patriotas, com carreiras impolutas, que foram vítimas desse ente tão terrível (leiam post abaixo). VEJA não convidou os malandros do mensalão a fazer malandragens. Também não patrocinou as sem-vergonhices no Dnit. Também não responde pela montanha de dinheiro liberado que não se transformou nem em estradas nem em obras de reparo. A revista relatou essas safadezas. Com quem falou para obter informações que eram do interesse de quem me lê de outros milhões de brasileiros? Isso não é da conta de Lula! Ele, como sabemos, só dialoga com a fina flor do pensamento… Só que há uma diferença importante: um jornalista que se respeita não fala com vigaristas para ser ou manter o poder. Se o faz, é para denunciar o poder! E assim foi, o que rendeu a demissão de corruptos e a preservação do patrimônio público.
É claro que isso excita a fúria dos totalitários. Na Argentina, a tropa de Cristina Kirchner costuma ser ainda mais criativa — e, em certa medida, grosseira — do que seus pares brasileiros. Por lá, a agressão à imprensa chegou mais longe. Começou com uma rusga com o Clarín, que apoiava o casal Kirchner. Agora, trata-se de um confronto com o jornalismo livre. A exemplo do que ocorre no Brasil, uma verdadeira horda está mobilizada pelo oficialismo para destruir a democracia. Também lá, a subimprensa alugada pelo poder, conduzida por anões morais, ajuda a fazer o serviço sujo.
Voltando e caminhando para a conclusãoLula e seus extremistas estão indo longe demais! Quando um secretário-geral da Presidência reúne deputados e senadores do seu partido, como fez Gilberto Carvalho, para determinar que o centro das preocupações da CPI deve ser o mensalão, esse ministro já não se ocupa mais do governo, mas de um projeto de esmagamento da boa ordem democrática; esse ministro não demonstra interesse em identificar e pedir que a Justiça puna os corruptos, mas em impedir que outros corruptos sejam punidos. E por quê?
Por que Lula está com ódio? De várias maneiras, o seu conhecido projeto continuísta se mostra, hoje, impossível. Não é surpresa para ninguém que mais apostavam no naufrágio de Dilma algumas alas do PT que nunca a consideraram petista o suficiente do que propriamente a oposição. Estaria eu flertando com o governo, como disseram alguns tontos? Ah, tenham paciência! Não mudei um milímetro a minha avaliação sobre a gestão Dilma Rousseff e sempre escrevi aqui — vejam lá! — que as denúncias de lambanças feitas pela imprensa livre, seguidas das demissões, fariam bem à sua imagem e à sua reputação. Está em arquivo. Sei o que escrevo e tenho, alguns podem lamentar, uma memória impecável. Assim, a presidente não me decepciona porque eu não esperava mais do que isso. Também não me surpreende porque eu não esperava menos do que isso. Contrariados estão alguns fanáticos do petismo que acreditam que há certos “trancos” na democracia que só podem ser dados por Lula. Sim, eles têm razão. Infeliz E felizmente, só Lula poderia fazer certas coisas. E não vai fazê-las. Não se enganem, não! A avaliação de Dilma lá nas alturas surpreende e decepciona os que apostavam no retorno de Lula. Eu não tenho nada com isso porque nunca fui dessa religião… Ou melhor: até fui, quando era menino e pensava como menino, como diria o apóstolo Paulo… Depois eu cresci.
Lula tenta instrumentalizar essa CPI para realizar a obra que não conseguiu realizar quando era presidente: destruir de vez a oposição, botar uma canga na imprensa e “passar a história a limpo”, segundo o padrão do revisionismo petista. Mas a democracia — e ele tantas vezes foi personagem minúscula de sua construção, quando poderia ter sido maiúscula — não vai deixar. Não conseguirá arrastar as instituições em seu delírio totalitário. Tenham a certeza, leitores: por mais que o cerco pareça sugerir o contrário, esse coro do ódio é expressão de uma luta perdida. E a luta foi perdida por eles, não pelos amantes da democracia.
Texto publicado originalmente às 4h49 deste domingo, 06/05/12. 
Por Reinaldo Azevedo
FONTE: LULA ESTÁ COM ÓDIO E ABRAÇADO A SEU RANCOR! ELE É HOJE O ÚNICO RISCO QUE ENFRENTA O GOVERNO DILMA. OU: AINDA QUE A GRITARIA SUGIRA O CONTRÁRIO, OS TOTALITÁRIOS JÁ PERDERAM