Liberdade de Informação: e o direito que os cidadãos têm de ser informado de tudo que se relaciona com a vida do Estado, e que, por conseguinte é de seu peculiar interesse. Esse direito de informação faz parte da essência da democracia. Integra-o a liberdade de imprensa e o direito de ser informado. Artigo 5º inciso XXXIII, da Constituição Federal. Prof. Franscisco Bruno Neto.

18 de março de 2012

ALEXIS DE TOCQUEVILLE - DA DEMOCRACIA NA AMÉRICA

Alexis de Tocqueville, pensador e historiador francês, 1805 a 1859, registrou em seu magnífico livro "Da Democracia na América" aquilo que julgou serem as bases sobre as quais se ergue a poderosa nação americana.

Segue uma pequena transcrição de parte do livro.

"Já discorri o bastante para colocar sob sua verdadeira luz o caráter da civilização anglo-americana. Ela é o produto (e este ponto de partida deve estar sempre presente no pensamento) de dois elementos perfeitamente distintos que, em outros lugares, entram em choque mas, na América, incorporam-se maravilhosamente um no outro, Refiro-me ao espírito de religião e ao espírito de liberdade.


Os fundadores da Nova Inglaterra eram, ao mesmo tempo, membros ardorosos de uma seita e inovadores exaltados. Confinados nos estreitos limites de certas crenças religiosas, estavam isentos de todos os preconceitos políticos. Daí resultaram duas tendências diversas mas não contrárias, cujos indícios são facilmente encontrados por toda parte, tanto nas leis quanto nos costumes.

Dir-se-ia que pessoas que haviam sacrificado amigos, família e pátria em favor de uma opinião religiosa se mostrassem absorvidas na busca desse bem intelectual que haviam ido comprar a preço tão alto. Vemo-los, entretanto, a procurar com ardor quase igual as riquezas materiais e as fruições morais , o céu, no outro mundo, e o bem-estar e a liberdade neste aqui de baixo. A religião vê na liberdade civil um nobre exercício das faculdades do homem e, no mundo político, um campo entregue pelo Criador aos esforços da inteligência. Livre e poderosa em sua espera, satisfeita com o lugar que lhe é reservado, ela sabe que seu domínio é mais forte quando consolidado por suas próprias forças, e não por meras razões de coração.

Já a liberdade vê na religião a companheira de lutas e de triunfos, o berço de sua infância e a fonte divina de seus direitos. Ela considera a religião como a salvaguarda dos costumes; e os costumes como a garantia das leis e o penhor de sua própria preservação."
(...)

Fonte:
 Tocqueville, Alexis de (1998), "Origem, Importância e Futuro dos Anglo-Americanos", in 
 Tocqueville, Alexis de, 1805-1859  “Da Democracia na América". Traduzido e condensado por José Livio Dantas,  Biblioteca do Exército Editora,1998, 44-45

Mais sobre Tocqueville:
1. http://pt.scribd.com/doc/36164977/Tocqueville-Liberdade-e-Igualdade
2. http://www.iea.usp.br/iea/textos/santostocqueville.pdf
3. http://www.institutoliberal.org.br/galeria_autor.asp?cdc=841

Um comentário:

Lico disse...

Parabéns pelo blog, Eliseu!