"Crie a maior dívida interna de todos os tempos, e seus próprios credores (contribuintes) serão os primeiros a dizer que você restaurou a economia nacional" Olavo de Carvalho.
O déficit da balança comercial em 2009 foi de US$ 24 bilhões, a tendência de queda permanece em 2010, devendo atingir uma cifra entre US$ 55 bilhões e US$ 65 bilhões, segundo informa o Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (Ipea), em sua publicação Carta de Conjuntura Março 2010, no capítulo referente a Previsões Macroeconômicas para 2010.
Outro indicador macro que preocupa é o déficit nominal, representado pelo saldo de todas as receitas e despesas do governo. Em 2009 esse déficit chegou a R$ 104,6 bilhões, valor equivalente a 3,34% do PIB. É o maior da série histórica apurada pelo Banco Central. No ano de 2008, o déficit foi de R$ 57,240 bilhões, 1,90% do PIB.
Segundo avaliações de alguns economistas, o Brasil pode se permitir algum desajuste nas contas, apostando em um aumento das exportações combinado com ingresso de capitais estrangeiros. Não é o que estamos assistindo: em 2009, em plena crise econômica, o ingresso de capitais atingiu US$ 25,9 bilhões, uma queda de 42,4% na comparação com o ano anterior. Este ano, o acumulado até junho é de apenas US$ 12 bilhões em entradas líquidas, bem longe da expectativa do Banco Central, que é de encerrar 2010 com ingressos da ordem de US$ 38 bilhões.
O próximo presidente do Brasil tem um enorme abacaxi para descascar: é preciso desonerar as exportações, melhorar a infraestrutura do pais: estradas, ferrovias, portos , aeroportos, logística, e desvalorizar o real frente ao dolar. Dizem que hoje o real deveria valer R$ 2,30 para US$ 1, isto tornaria os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional, melhorando sensivelmente as exportações, no entanto, efetivamente possuimos apenas política monetária e fiscal: juros altos , câmbio baixo e tributação elevada.
O candidato José Serra, em matéria do site g1.globo.com, diz coisas que soam como música aos meus ouvidos.
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