Stalin e um Gulag ao fundo |
estadão.com.br
O Parlamento russo aprovou nesta sexta-feira, 26, uma moção que condena o ex-ditador soviético Josef Stalin pelo massacre de 22 mil poloneses em Katyn, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Durante o regime soviético, a autoria do massacre - no qual morreram militares e civis - foi atribuída aos nazistas.
Vasily Fedosenko/ReutersStalin ainda é popular em países da ex-URSS "Arquivos secretos não só mostram a magnitude desta terrível tragédia, mas também que ela foi cometida a mando de Stalin e de outros dirigentes soviéticos", diz a declaração. A bancada comunista da Câmara Baixa do Parlamento (Duma) tentou, sem sucesso, retirar a menção a Stalin da declaração.
A votação aconteceu a poucos dias da visita do presidente Dmitri Medvedev à Polônia. Varsóvia considera o massacre um crime de guerra. "Ao condenar um regime que menosprezava os direitos e as vidas das pessoas, os deputados estendem a mão em sinal de amizade ao povo polonês e expressam sua esperança um uma nova etapa nas relações", acrescenta o texto.
Para o chefe da comissão de relações exteriores da Duma, Konstantin Kosachov, os soviéticos falsificaram a história do massacre de Katyn. "Isto não é importante apenas para as relações russo-polacas, mas para nós mesmos. A culpa dos dirigentes soviéticos no massacre de Katyn deve ser reconhecida.
O chefe do Comitê de Assuntos Exteriores do Parlamento da Polônia, Andrzej Halicki, disse que considera o comunicado da Duma um marco. "Eu estou muito contente que esteja ocorrendo um processo de reconciliação e de verdade. É o primeiro ato que prova que nossas discussões e relações são sinceras", afirmou.
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