Veja alguns tópicos extraidos aleatoriamente da pauta elaborada para debates no XVI encontro do Foro de São Paulo, que teve seu inicio hoje, 17/08/2010, em Buenos Aires, Argentina.
Para entender melhor leia esta matéria: Zelaya e Brasil saem como derrotados da crise em Honduras
Vamos aos tópicos, retorno lá embaixo. Os grifos em vermelho são meus.
Matéria extraida do site http://www.alertatotal.net/ , aqui.
- A direita latino americana e caribenha, com seus aliados europeus e estadunidenses, estão implementando uma contra ofensiva, buscando recuperar os espaços perdidos desde 1998.
- Isto inclui a ampliação da presença militar na região, o golpe em Honduras, as campanhas políticas contra Cuba e Venezuela, assim como a vitória da direita no Panamá, Chile e Colômbia.
- Esta contraofensiva se realiza precisamente porque, desde 1998, existem sinais de uma ofensiva da forças populares – mesmo condicionada pela correlação de forças mundiais. Por isto, a continuidade da luta política entre os setores populares e a direita é a marca dos últimos anos.
- Uma confrontação entre dois blocos, uma disputa renhida pelos rumos do nosso continente. Mas as forças populares continuam avançando. Como exemplo temos a reeleição de Evo Morales na Bolívia e de Rafael Correa no Equador. O presidente Hugo Chávez conseguiu aprovar o referendo que permite a reeleição. No Uruguai a Frente Ampla elegeu o companheiro Mujica. Em El Salvador tivemos a vitória de Mauricio Funes. Para 2010, o sinal mais importante é a dianteira da companheira Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais, como candidata presidencial das forças progressistas do Brasil.
- Diante disto, a esquerda luta para manter os espaços conquistados, acelerar o processo de integração regional e aprofundar as mudanças. A questão prática é como fazê-lo evitando dois erros: tentar ir além da nossa capacidade para sustentar o processo político; e o outro não fazer o necessário para acumular forças na direção do socialismo.
- Mesmo que a conexão entre a crise mundial e os processos eleitorais na ALC não tenha sido muito direta até o momento, os partidos do Foro de São Paulo, estão obrigados a discutir suas repercussões a nível regional e nacional, para evitar que a direita tire vantagem desta problemática.
- O Foro de São Paulo deve realizar um balanço dos processos hondurenho, panamenho, chileno e colombiano. Devemos debater maneiras concretas de apoiar a unidade da esquerda, tanto nos países citados, como naqueles que terão eleições proximamente.
- O golpe de estado em Honduras foi seguido da eleição de Porfírio Lobo, num processo questionado por todas as forças da esquerda. O resultado não foi reconhecido por vários governos e partidos progressistas e democráticos da região, mas com o passar dos dias, Lobo conseguiu um certo grau de normalização das relações de seu governo com os vizinhos.
- O golpe foi uma prova para os organismos de integração da ALC. Mesmo tendo reagido corretamente, sobretudo no começo, na sequência foram incapazes de mobilizar os mecanismos necessários para evitar a consolidação do golpismo.
- Hoje, quando se comemora o Bicentenário dos numerosos processos independentistas latino americanos e caribenhos, o FSP reafirma sua decisão de ampliar a unidade dos partidos progressistas populares e de esquerda; aprofundar as mudanças; derrotar a contraofensiva da direita e consolidar a integração regional.
- Hoje quando os projetos populares da AL têm melhores condições que há dez anos, para marchar em direção a uma nova sociedade, com justiça, equidade e soberania, o FSP reafirma seu compromisso com o internacionalismo, com a democracia, com um desenvolvimento que respeite o meio ambiente, com o planejamento democrático, com a propriedade pública dos principais meios de produção, com o socialismo.
O debate sobre o socialismo na AL no começo deste século XXI, deve ajudar-nos a responder:
a) como passar da condição de governo à condição de poder?
b) como passar da situação atual, em que estamos melhorando a vida da gente nos marcos do capitalismo, para a nova situação, em que possamos melhorar a vida das pessoas no marco de uma transição socialista?
- Se tivermos êxito com a combinação das diferentes estratégias nacionais e uma estratégia continental, vamos dar uma importante contribuição para que o movimento socialista passe da situação atual de “defensiva estratégica” para o estado de “equilíbrio estratégico”, pelo menos em nosso continente.
Tradução do Texto: Arlindo Montenegro.
Esta matéria completa pode ser lida no site http://www.alertatotal.net/, aqui.
Voltei. Esta dimensão internacional do voto que é dado tanto na cidade como lá nos grotões do Brasil, é algo totalmente ignorado, entretanto para você que leu este post até aqui, restou evidente que o projeto político de dimensões hemisférica rumo ao socialismo(nem eles sabem qual) conta com o seu voto.
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