Liberdade de Informação: e o direito que os cidadãos têm de ser informado de tudo que se relaciona com a vida do Estado, e que, por conseguinte é de seu peculiar interesse. Esse direito de informação faz parte da essência da democracia. Integra-o a liberdade de imprensa e o direito de ser informado. Artigo 5º inciso XXXIII, da Constituição Federal. Prof. Franscisco Bruno Neto.

16 de setembro de 2010

PT, LULA E DILMA - FORO DE SÃO PAULO E O VOTO CONTINENTAL

Novamente estamos a mercê de uma organização internacional, com claras intenções de ressuscitar no continente sul americano uma espécie de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a URSS. O nome escolhido é URSAL, União das Repúblicas Socialistas da América Latina e a organização internacional fundada por Lula e Fidel Castro é o Foro de São Paulo, fundado em julho de 1990.

A maioria esmagadora dos brasileiros ignora a dimensão continental do voto que  deposita nos partidos de esquerda, principalmente no PT.

Leiam a matéria abaixo de autoria de Fabiano Coury.


O Foro de São Paulo

Escrito por Anatoli Oliynik (*) (08Out06)

Em junho de 1988 foi realizada a 19ª Conferência do Partido Comunista da União Soviética. Naquela oportunidade debateram-se os caminhos da “Perestroika” de Mikhail Gorbachev, e já se vislumbrava a eminente queda do Muro de Berlim, que efetivamente ocorreu em 9/11/1989.

Após a queda do Muro e da derrubada do comunismo na ex-União Soviética, Fidel Castro decidiu substituir o apoio de recebia do Bloco Oriental pelo de uma transnacional latino-americana.

Aproveitando o poder parlamentar que tinha o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, Fidel Castro, com o apoio de Luis Inácio “Lula” da Silva, convocou todos os grupos guerrilheiros da América Latina para uma reunião na cidade de São Paulo. Acudiram ao chamado de Fidel e Lula, além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, o Exército de Libertação Nacional (ELN), as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua, a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG), a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México; e várias dezenas de grupos guerrilheiros e partidos de esquerda da região.

Fidel e as esquerdas latino-americanas haviam perdido seu tutor financeiro e ideológico que era a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), capitaneada pela Rússia. Era preciso, portanto, articular a criação de um organismo que pudesse manter viva a “chama ideológica marxista-leninista” no Brasil e na América Latina, bem como orientar e coordenar as suas ações no Continente.

E assim nasceu o Foro de São Paulo. Uma coalizão de partidos comunistas, socialistas e de esquerda, além de guerrilhas e guerrilheiros do continente.

Muito embora o Foro de São Paulo tenha nascido em 1990, ele foi concebido em janeiro de 1989, por ocasião da reunião de cúpula do Partido Comunista de Cuba e o PT do Brasil. Nessa oportunidade foi estabelecido que, se Lula não ganhasse as eleições em novembro de 1989, deveria ser formada uma organização para coordenar as ações de toda a esquerda continental e que a liderança do processo caberia a Luiz Inácio Lula da Silva.

A criação do Foro foi decidida pelo presidente de Cuba, Fidel Castro, e organizada por Luiz Inácio “Lula” da Silva, atual presidente do Brasil. O primeiro encontro aconteceu na cidade de São Paulo no Hotel Danúbio, em julho de 1990. Nessa época ainda não tinha esse nome. O nome “Foro de São Paulo” foi adotado na segunda reunião realizada na cidade do México, em junho de 1991, quando reuniu 68 organizações de 22 países.

Para dirigi-lo centralizadamente, foi criado um Estado Maior civil, dirigido por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge e Frei Betto, entre outros, e um Estado Maior militar, comandado também pelo próprio Fidel Castro, além do líder sandinista Daniel Ortega e o argentino Enrique Gorriarán Merlo.[1]

O Foro de São Paulo, nos primeiros anos, permaneceu no anonimato, eficientemente protegido pela imprensa esquerdista brasileira, vindo a se tornar público, no Brasil, por ocasião do 7º Encontro, realizado na cidade de Porto Alegre em julho de 1997. Hoje, se o anonimato não é absoluto, pode-se afirmar que é muito reservado, pois a maioria dos brasileiros nem sabe que esta organização existe e quais são as suas finalidades.

Embora não seja uma organização secreta, a documentação acerca do Foro de São Paulo jamais teve ampla divulgação, tendo sido inicialmente publicado apenas na edição doméstica do Granma, órgão oficial do Partido Comunista Cubano. Na edição internacional nada transpirou. Mais tarde, passou a ter algum tipo de noticiário restrito em poucos jornais de alguns países e, até numa revista editada na Argentina chamada “América Libre”, quase de circulação interna, dirigida por Frei Betto.

Segundo Alejandro Peña Esclusa,[2] os diretores do Foro de São Paulo adotam formalmente diversos disfarces, a saber: o indigenismo, ou a suposta luta pelos direitos dos indígenas, para encobrir a formação de grupos guerrilheiros (Exército Zapatista de Libertação Nacional), e também a promoção do separatismo, argumentando que os territórios ocupados pelas tribos indígenas são próprios e não do Estado Nacional. Outro disfarce é o ecologismo radical que, alegando a proteção do meio ambiente, justifica a ação de terroristas que obstaculizam o avanço do Estado em obras públicas e de infraestrutura como rodovias, redes de energia elétrica etc. E finalmente, o de uma versão extremista da chamada Teologia da Libertação (Frei Betto, Leonardo Boff, D. Paulo Evaristo Arns), que dividiu a Igreja Católica para justificar a violência com argumentos supostamente cristãos.

No Brasil, o disfarce é o MST, a esquerda da Igreja Católica, a CUT e outros sindicatos de esquerda, além de mais de uma dezena do ONGs de cunho esquerdista que defendem o “politicamente correto”.

O objetivo do Foro de São Paulo é implantar o totalitarismo hegemônico na América Latina, via eleições “democráticas”, que ao final será convertido no modelo cubano em vigor, ou seja: O totalitarismo.

Como o leitor pode perceber trata-se de uma organização que se mantém no anonimato para que seus projetos totalitários não sejam identificados antes que se complete o plano de dominação e implantação do pensamento hegemônico no Brasil e no continente Latino-americano.

Desde a sua fundação, o Foro realizou doze encontros segundo a cronologia a seguir:

Encontro Cidade País Mês/Ano

I São Paulo Brasil julho/1990

II Cidade do México México 12 a 15 de junho/1991

III Manágua Nicarágua 16 a 19 de julho/1992

IV Havana Cuba 21 a 24 de julho/1993

V Montevidéu Uruguai 25 a 28 de maio/1995

VI San Salvador El Salvado 26 a 28 de julho/1996

VII Porto Alegre Brasil Julho/1997

VIII Cidade do México México Novembro/1998

IX Manágua Nicarágua Fevereiro/2000

X Havana Cuba 4 a 7 de dezembro/2001

XI Antigua Guatemala 2 a 4 de dezembro/2002

XII São Paulo Brasil 1 a 4 de julho/2005

No dia 2 de julho de 2005, por ocasião do XII Encontro ocorrido em São Paulo, quando se comemorou os 15 anos de fundação da organização, o presidente Lula fez eloqüente discurso saudosista que pode ser buscado no Web Site da presidência. Eis dois trechos das dez páginas:

“Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. Foi assim que surgiu a nossa convicção de que era preciso fazer com que a integração da América Latina deixasse de ser um discurso feito por todos aqueles que, em algum momento, se candidataram a alguma coisa, para se tornar uma política concreta e real de ação dos governantes. Foi assim que nós assistimos a evolução política no nosso continente.”

“E é por isso que eu, talvez mais do que muitos, valorize o Foro de São Paulo, porque tinha noção do que éramos antes, tinha noção do que foi a nossa primeira reunião e tenho noção do avanço que nós tivemos no nosso continente, sobretudo na nossa querida América do Sul.”

De que “evolução política” e “avanço” estaria falando o presidente? A “evolução” e o “avanço” rumo ao totalitarismo?

Esta é, portanto, a breve radiografia do Foro de São Paulo, uma organização que os brasileiros não conhecem e a maioria nem sabe que existe, e cujo objetivo maior é comprar a sua alma.

( * ) Anatoli Oliynik (59) é administrador e membro da Academia de Cultura de Curitiba.

Fabiano Coury

Publicado no Recanto das Letras em 17/06/2007
Código do texto: T530857
Fonte: http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/530857
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[1] Enrique Gorriarán Merlo foi o fundador do Exército Revolucionário do Povo (ERP) e posteriormente do Movimento Todos pela Pátria (MTP). Gorriarán Merlo foi, também, o autor do ataque terrorista em janeiro de 1980 ao regimento de infantaria La Tablada, em Buenos Aires, no qual morreram 39 pessoas, e foi quem encabeçou a esquadra que assassinou Anastásio Somoza em Assunção, Paraguai, em setembro de 1980. Organizou a máquina militar do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), o mesmo que tomou a residência do embaixador japonês em Lima.

[2] Alejandro Pena Esclusa é presidente da Fuerza Solidária, uma ONG que organiza os protestos populares contra o governo Hugo Chávez, na Venezuela.

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